terça-feira, 29 de junho de 2010

A Lenda do Príncipe que Tinha Rosto , no FIT 2010

Cobertura


terça-feira, 8 de junho de 2010

Teatro Artesanal abre série de reportagens sobre o FIT



Jackeline Nigri/Divulgação



Gustavo Bicalho e Henrique Gonçalves investem nas máscaras para contar a história de ‘A lenda do príncipe que tinha rosto’



De hoje até 15 de julho, data do início do Festival Internacional de Teatro (FIT), o Diário mostra um pouco de cada um dos 38 espetáculos selecionados para este ano. O leitor encontrará a cada edição informações sobre uma peça e a companhia que a produziu, um guia com sinopse, características de pesquisa do grupo, passagens anteriores pelo FIT, entre outros tópicos, a fim de que até a abertura do festival seja possível ter um panorama geral do que ver pela mostra até o dia 24.



As reportagens serão publicadas de terça a domingo, sendo a edição dominical dedicada a dois espetáculos. A estreia, hoje, é com “A lenda do príncipe que tinha rosto”, da Cia. de Teatro Artesanal.



no FIT:







A lenda do príncipe que tinha rosto:





:: Dia 23 de julho, às 19h, no Teatro da Unip

:: Dia 24 de julho, às 16h e 19h, no Teatro da Unip



Em uma terra de pessoas sem rosto



A Cia. de Teatro Artesanal é o único grupo de fora do Estado de São Paulo a integrar a grade de espetáculos infantis do FIT este ano. O grupo, que é do Rio de Janeiro e em 2010 completa 15 anos, apresenta na edição de 2010 da mostra o espetáculo “A lenda do príncipe que tinha rosto”.



Depois de passar pelo festival com adaptações de textos clássicos como “Cyrano de Bergerac”, de Edmond Rostand, em 2002, e “Viagem ao Centro da Terra”, de Júlio Verne, em 2006, a companhia retorna a Rio Preto com dramaturgia própria, assinada por Gustavo Bicalho, que com Henrique Gonçalves dirigiu “A lenda do príncipe que tinha rosto”.



A peça é de 2009 e conta a história de um príncipe que nasce com rosto em uma terra de pessoas sem rosto. Com receio de que o menino seja descoberto e discriminado, seus pais o mantêm escondido em uma torre.



A Cia. de Teatro Artesanal, já conhecida pela convergência de elementos no palco como projeções, bonecos, incorporou as máscaras neste trabalho. Todos os atores em cena usam máscaras. Os “sem rosto” usam máscara preta e o príncipe uma branca. “Foi preciso explorar outras potencialidades do ator e contar a história com o corpo, demonstrar os sentimentos pelo corpo, mas não é um espetáculo de dança”, diz Gonçalves.



O elenco é formado por André Pimentel, Bruno Oliveira, Marise Nogueira e Virgínia Martins. O espetáculo tem inspiração gótica, onde o preto e o cinza predominam nos elementos cênicos, mas nada que provoque medo ou afete o entendimento das crianças. “Em nenhum momento elas tiveram medo.”



Gonçalves explica que a peça também propõe o silêncio. Como a história se passa em uma terra de pessoas sem rosto, a companhia optou por levar ao palco um espetáculo onde os atores não têm texto. O silêncio é suprimido apenas pela voz de um narrador que pontua algumas situações do espetáculo, mas não tem o objetivo de didatizar tudo. “Não subestimamos as crianças.”





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